sexta-feira, 19 de abril de 2013


Para ser bem sincera, não gostaria de encher palavras vãs de poesias. No entanto, a minha paixão é isto. E sempre vou escrever com um olhar abobalhado.
Gostaria de ganhar a vida assim, mas até para quem trabalha nas artes, destaca-se quem tem o olhar técnico.
É preciso falar cheio de sobriedades, em termos que só um grupo poderá reconhecer. E, aquele que mais souber dançar e controlar tais palavras, acredite, estará no topo do comando.
Eu, veja só, por ter paixão não posso ser. A cada obra que me comove, ou choro ou sorrio e, na melhor hipóteses, complemento com um “que belo!”, “que magnífico!”, “quanta beleza!”.
Por mais que ame as palavras, não consigo ser eloquente. Tampouco prolixa!
Basto-me com duas ou três. Deve ser por isso que amo a Leminski, ele não precisava arrastar-se em versos imensos. Desenhava um Hai-Kai e lá íamos (e vamos) nós para perturbação emocional que aqueles versos pequenos eram capazes de fazer!



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